A elaboração do Mapa de Risco é obrigatório e tem a função de proteger os colaboradores e ajudar a empresa a evitar a ocorrência dos mais diversos tipos de imprevistos e acidentes no ambiente laborativo.
O ambiente de trabalho está entre os principais cenários de riscos de vida para o colaborador, levando-o muitas vezes ao desenvolvimento de doenças, incapacidades e até a morte.
O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, ferramenta desenvolvida e mantida pelo Ministério do Trabalho, em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho, mostra que os acidentes e mortes no ambiente laboral cresceram 30% em 2021, comparado com 2020.
Também nos mostra que os afastamentos previdenciários acidentais, em 2021, aumentaram em 234%, comparado com o ano anterior, registrando 93.820 ocorrências, a maioria delas devido a fraturas, amputações, ferimentos, traumatismos e luxações.
É urgente mudar esse cenário e reduzir os índices. Nesse sentido, o Mapa de Risco é essencial para a empresa identificar seus pontos críticos e falhos e ajudar a promover a segurança e saúde ocupacional, além da sua elaboração ser obrigatória.
Quer saber como elaborar o Mapa de Risco? Continue a leitura.
Saiba como fazer um Mapa de Risco na sua empresa
Segundo a Portaria 05, datada de 17 de agosto de 1992, do Ministério do Trabalho, o Mapa de Risco é obrigatório para empresas onde a execução das atividades representam risco para os seus trabalhadores e sua elaboração compete à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Trata-se de uma representação gráfica, um mapa ou um levantamento dos riscos existentes na empresa e aos quais os colaboradores estão sujeitos.
Como fazer?
Passo 1 – Conheça as atividades da empresa
O primeiro passo para elaborar o Mapa de Risco é conhecer as atividades e fazer o reconhecimento de cada ambiente laboral, para identificar:
- o número de trabalhadores em cada um dos ambientes e o total deles na empresa,
- as atividades executadas de forma individual pelos trabalhadores,
- cada equipamento utilizado, procedimento realizado e material usado na execução de cada atividade laboral,
- as condições e características da segurança no trabalho em cada um dos ambientes.
Passo 2 – Identifique os riscos ocupacionais
Tendo uma compreensão de cada ambiente e de toda a estrutura física, bem como dos equipamentos utilizados, dos materiais usados e do número de trabalhadores, é hora de identificar os riscos ocupacionais existentes.
Para isso, o profissional que irá elaborar o Mapa de Risco deve estar familiarizado com a tabela modelo, do Ministério do Trabalho, que classifica os principais riscos de acidentes de trabalho em 5 grupos, conforme a natureza dos mesmos, padronizando-os por cores correspondentes.
A tabela é representada da seguinte forma:
Fonte: https://viverdeseguranca.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Tabela-1024×926.png
- Grupo 1 – Cor verde – riscos físicos,
- Grupo 2 – Vermelha – riscos químicos,
- Grupo 3 – Marrom – riscos biológicos,
- Grupo 4 – Amarela – riscos ergonômicos,
- Grupo 5 – Azul – riscos de acidentes.
Neste link, você confere a tabela padrão e irá perceber quais são os agentes que representam cada um dos grupos de risco, identificando a presença deles na sua empresa.
Passo 3 – Estabeleça as intensidades dos riscos
Identificado a presença dos agentes que afetam a saúde ocupacional e a segurança no trabalho, é hora de registrar a intensidade desses riscos, que deve ser classificada em:
- risco leve,
- moderado,
- grave.
Para cada um deles, você vai usar um símbolo, o mais comum é o uso de um círculo.
A representação de um círculo pequeno significa o risco leve, o médio para o moderado e um maior para o grave.